Consignados e Renave: o que muda no setor de vendas?

Consignados e Renave: o que muda no setor de vendas?

A partir de 1º de janeiro de 2025, o estado de São Paulo começou a implementar a obrigatoriedade do uso do Renave (Registro Nacional de Veículos em Estoque) para lojistas de veículos, inclusive em operações de consignados. Embora essa iniciativa não seja obrigatória em outras regiões do país, já está ativa em outros 8 estados como:

  • Pernambuco
  • Santa Catarina
  • Mato Grosso do Sul
  • Espírito Santo
  • Goiás
  • Paraná
  • Sergipe

Diante disso, muitos profissionais do setor de vendas automotivas se perguntam: como essa nova medida de conformidade com as normas vigentes impacta as transações e vendas de carros consignados?

Vamos explorar essa questão em detalhes.

 

Impacto do Renave nos carros consignados

Se você está no mercado de carros consignados, é importante entender como a implementação do Renave pode afetar o processo de compra e venda. 

Antes de mais nada, vale esclarecer que o veículo consignado não precisa ser cadastrado no sistema, mas sim os veículos próprios. Entenda quais são os dois modelos de consignação mais comuns e como o Renave impacta cada um deles.

Atualmente, existem dois tipos de negociação de consignação no mercado de carros. A saber: 

Venda por meio de intermediação
Neste modelo, a loja atua como intermediária, conectando o comprador ao vendedor. A loja não movimenta os valores da venda diretamente; ela apenas recebe uma comissão pelos serviços prestados. Como se trata de um veículo consignado, as notas fiscais exigidas para formalizar essa transação são:

  • Consignação
  • Devolução de consignação
  • Nota Fiscal de serviço (para justificar a comissão)

Venda por meio de compra
Já no modelo de compra, a loja adquire o veículo do vendedor e o revende para o consumidor final como um veículo próprio. Neste caso, após a venda, a loja formaliza a negociação com o vendedor e repassa os valores acordados. As notas fiscais exigidas são:

  • Consignação
  • Devolução de consignação
  • Compra e Venda

Agora, o principal impacto do Renave no setor de consignação diz respeito ao modelo de venda por intermediação. Pois, a partir de 16 de janeiro de 2025, os bancos exigirão que todos os veículos envolvidos em operações de financiamento estejam registrados no sistema.

Em outras palavras, isso significa que, no modelo de intermediação, a loja não poderá mais processar financiamentos para o cliente final, caso o veículo não esteja registrado no Renave.

 

Estratégias para lidar com as mudanças em consignados

Com o novo requisito, as transações de financiamento se tornam mais complexas para veículos que não estão registrados no Renave. A exigência pode afetar o fluxo de vendas e exigir ajustes nas práticas comerciais.

Embora não haja soluções definitivas para contornar essas possíveis exigências, algumas medidas podem, sim, ajudar os lojistas a se prepararem:

  • Automatização de processos: Investir em sistemas que simplifiquem a transferência e o registro dos veículos pode, de fato, reduzir o impacto operacional e os atrasos;
  • Boas práticas: adote medidas que garantam não apenas o bom funcionamento do seu negócio, mas também a conformidade com as exigências fiscais e tributárias;
  • Considere os Impostos na compra ou consignação: Inclua os impostos no custo total ao adquirir ou consignar veículos. Assim, você mantém os processos atuais e melhora a gestão fiscal, garantindo maior clareza na margem de lucro e evitando surpresas futuras;
  • Compre bem seu veículo: A compra de um veículo é a etapa mais importante para definir o lucro da sua loja. Um erro na compra pode causar prejuízos. Muitas lojas cometem esse erro por não considerarem os custos totais do veículo, como impostos, comissões, preparação do carro para venda e até a margem de pós-venda.

 

Seja favorecido pelo Regime Tributário ideal com consignados

Escolher o regime tributário certo para sua loja pode ser a chave para maximizar os lucros e garantir uma gestão fiscal eficiente. Considerando a realidade do mercado de carros usados, é essencial analisar os seguintes pontos:

  • Margem de Lucro: Compare sua margem real com os 8% do Lucro Presumido e escolha o regime mais vantajoso;
  • Faturamento Anual: Se o faturamento da sua loja for inferior a R$ 4,8 milhões, o Simples Nacional pode ser a melhor opção. Caso ultrapasse esse valor, avalie o Lucro Presumido ou Lucro Real;
  • Origem das Compras: O Simples Nacional só tributa a margem em compras de pessoa física, enquanto o Lucro Presumido incide sobre o faturamento bruto;
  • Custos Operacionais: O Lucro Real permite a dedução de despesas, o que pode ser vantajoso para lojas com custos elevados;
  • Complexidade: O Simples Nacional é mais simples, enquanto o Lucro Presumido e o Lucro Real exigem mais controle fiscal;
  • PIS/COFINS: O Lucro Presumido tem uma alíquota de 3,65%, enquanto o Lucro Real pode chegar a 9,25%, mas permite créditos tributários.

 

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